Africanidades


"Temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza, temos o direito de sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza."

Africanidade é a amplitude e valorização da cultura africana, reconhecendo, valorizando, significando e ressignificando as práticas culturais africanas. Os debates baseiam em diferentes áreas científicas, como: História, Antropologia, Comunicações, etc. Os debates sobre as africanidades estão fundamentados no conceito de etnia em contraposição ao de raça. O objetivo é construir um espaço de liberdade cultural onde a sociedade possa trabalhar a questão sem a idealização do dominador branco. 
Fonte: pt.wikipedia.org


As afrodescendências se inspiram no conhecimento tradicional africano, naquilo que podemos alcançar das culturas de base africana na sociedade brasileira e o que conseguimos apreender do mundo africano. Neste conjunto, nos são importantes os autores no Brasil como Muniz Sodré (1988), Kabengele Munanga (1977), Narcimária Luz (2000), Marco Aurélio Luz (1995), Eduardo de Oliveira (2007), Fábio Leite (1995/1996), entre outros. Quanto ao continente africano, destacamos, para efeito deste artigo, Jomo Kenyatta (1982), Wole Soynka (1976) e Chinua Achebe (1983), que nos explicam os princípios sociais da formação das sociedades africanas.

(As lacunas nos estudos africanos da arte e da arquitetura como elementos representativos da filosofia africana. Maria Estela Rocha e Henrique Cunha Júnior) 





Educação Infantil (página 31 do manual)
Ensino Fundamental (página 53)
Ensino Médio (página 79)



(...) Vale lembrar que o processo de formação de professores (as) deve estar direcionado para todos (as) os (as) profissionais da educação, garantindo-se que aqueles/as vinculados (as) às ciências exatas e da natureza não se afastem de tal processo.











unesco.org















I CONFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Mesa de trabalhos da 1ª Conferência de Educação para as Relações Étnico-Raciais do Estado de São Paulo
www.al.sp.gov.br













www.educafro.org.br





















Fórum – Como o senhor vê hoje a aplicação da lei que determina a obrigatoriedade do ensino de cultura africana nas escolas? Os professores, de um modo geral, estão preparados para lidar com a questão racial?



Kabengele – Essa lei já foi objeto de crítica das pessoas que acham que isso também seria uma racialização do Brasil. Pessoas que acham que, sendo a população brasileira uma população mestiça, não é preciso ensinar a cultura do negro, ensinar a história do negro ou da África. Temos uma única história, uma única cultura, que é uma cultura mestiça. Tem pessoas que vão nessa direção, pensam que isso é uma racialização da educação no Brasil.



Mas essa questão do ensino da diversidade na escola não é propriedade do Brasil. Todos os países do mundo lidam com a questão da diversidade, do ensino da diversidade na escola, até os que não foram colonizadores, os nórdicos, com a vinda dos imigrantes, estão tratando da questão da diversidade na escola.

Brasil deveria tratar dessa questão com mais força, porque é um país que nasceu do encontro das culturas, das civilizações. Os europeus chegaram, a população indígena – dona da terra – os africanos, depois a última onda imigratória é dos asiáticos. Então tudo isso faz parte das raízes formadoras do Brasil que devem fazer parte da formação do cidadão. Ora, se a gente olhar nosso sistema educativo, percebemos que a história do negro, da África, das populações indígenas não fazia parte da educação do brasileiro.

Nosso modelo de educação é eurocêntrico. Do ponto de vista da historiografia oficial, os portugueses chegaram na África, encontraram os africanos vendendo seus filhos, compraram e levaram para o Brasil. Não foi isso que aconteceu. A história da escravidão é uma história da violência. Quando se fala de contribuições, nunca se fala da África. Se se introduzir a história do outro de uma maneira positiva, isso ajuda.

É por isso que a educação, a introdução da história dele no Brasil, faz parte desse processo de construção do orgulho negro. Ele tem que saber que foi trazido e aqui contribuiu com o seu trabalho, trabalho escravizado, para construir as bases da economia colonial brasileira. Além do mais, houve a resistência, o negro não era um João-Bobo que simplesmente aceitou, senão a gente não teria rebeliões das senzalas, o Quilombo dos Palmares, que durou quase um século. São provas de resistência e de defesa da dignidade humana. São essas coisas que devem ser ensinadas. Isso faz parte do patrimônio histórico de todos os brasileiros. O branco e o negro têm que conhecer essa história porque é aí que vão poder respeitar os outros. 

Voltando a sua pergunta, as dificuldades são de duas ordens. Em primeiro lugar, os educadores não têm formação para ensinar a diversidade. Estudaram em escolas de educação eurocêntrica, onde não se ensinava a história do negro, não estudaram história da África, como vão passar isso aos alunos? Além do mais, a África é um continente, com centenas de culturas e civilizações. São 54 países oficialmente. A primeira coisa é formar os educadores, orientar por onde começou a cultura negra no Brasil, por onde começa essa história. Depois dessa formação, com certo conteúdo, material didático de boa qualidade, que nada tem a ver com a historiografia oficial, o processo pode funcionar.

















Aniversário da Lei 10.639/2003

Dia Mundial de Conscientização a respeito da Anemia Falciforme


FORMAÇÃO REALIZADA NAS ESCOLAS 

DE SUZANO E FERRAZ DE VASCONCELOS 



Diretora Ana Flávia, PC(s) e professores 
da EE Edir do Couto Rosa na ATPC sobre temátca afro-brasileira

(Junho 2012)






Diretora Sônia Mariano, professor coordenador Alexandre e professores 
da EE Yolanda Bassi, na ATPC sobre temátca afro-brasileira

(Agosto 2012)


 






Diretora Andrea Nagatani, professora coordenadora Claudia Clemente e professores 
da EE Masaiti Sekine, na ATPC sobre temátca afro-brasileira.

Contou com a colaboração das PCNP(s) Jane Aoki (Geografia) e Marinete Pereira (Biologia)
(Agosto 2012)







EE Raul Brasil 
ATPC sobre temática afro brasileira 
contou com a colaboração da PCNP de Geografia 





Strange Fruit - Billie Holiday
www.youtube.com

Fruta Estranha
Árvores sulistas carregam uma fruta estranha
Sangue nas folhas, sangue na raíz
Corpos pretos balançando na briza sulista
Fruta estranha pendurada na árvore de álamo.

Cena pastoral do Sul galante
Os olhos inchados, e a boca torta
Cena da Mongólia, agradável e fresca
E o cheiro da carne em chamas.

Aqui está a fruta para os corvos arrancarem
Para a chuva junte, para que o vento assopre
Para o sol apodrecer, para uma árvore deixar cair
Aqui está uma colheita estranha e amarga.

Tão estranho
Tão estranho






3 comentários:

  1. Prezado PCNP de História Gelson Rocha,

    Agora, comento o seu blog não como Gremista, mas como aluno. Parabéns pelo conteúdo, Em especial a essa parte do Blog, nossa professora de Arte (Gislene) desenvolveu um trabalho maravilhoso com os alunos do noturno sobre a Cultura Africana, estou selecionando as fotos para postar no Blog do Futuros Nova Geração, porém solicito que se possível e assim o senhor concordar, que sejam postadas aqui nessa página do seu Blog algumas fotos desse trabalho.

    Desde já agradeço.

    Emerson Silva

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    Respostas
    1. Emerson,
      Obrigado por visitar o blog e deixar seu comentário. Será um enorme prazer divulgar o trabalho realizado em sua escola, estou aguardando.

      Um abraço
      PCNP de História

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    2. Atendendo solicitação do aluno Emerson Silva, as fotos do trabalho da professora Gisleine pode ser conferido no link (acima: "Professora Gisleine Amorim e a valorização da cultura afro- brasileira e africana"

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